domingo, 4 de agosto de 2013

Que você esteja em paz meu anjo, desprendido de mim como infelizmente não posso dizer que estou totalmente de você. 
Hoje, quando fazem 4 anos que você se foi para um lugar que não posso alcançar, tentei de todas as formas evitar que as lágrimas viessem. 
Tolice minha. 
Ontem mesmo fiquei engasgada falando em ti, ao tentar explicar para um amigo descrente no amor, de que ele não só era possível como libertador e, que na verdade, ainda que sejamos suficientes a nós mesmos, só percebemos o engano desta afirmação, quando encontramos uma plenitude maior ainda com e no outro. 
Como já disse inúmeras vezes, a parte ainda te amo. E talvez meu maior medo seja justamente não poder sentir novamente e com recíproca todos os sentimentos que nutrimos um pelo outro. 
Fracamente, esses quatro anos da tua morte podem se converter em quatro séculos, que ainda sentirei o peso da tua falta, e isso, é minha maior prisão, porque ainda que a vida continue, e que eu quase não pense em ti, tenho que aprender a não comparar-te aos que vierem e me livrar da ideia de que sempre falta algo. 
Porque sim, desde o momento em que entrastes na minha vida, fostes o todo que crescia em mim exponencial e infinitamente me tornando plena e, deste então, não consigo ignorar tudo isso e me contentar em sentir menos.