quarta-feira, 2 de novembro de 2011

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Há quem diga que saudade é saudade, mas creio existirem saudades piores.
Pois sim, piores são as saudades daqueles com quem não conseguimos experimentar os fracassos das relações. Daqueles de cuja vida só sorvemos as delícias do convívio e, mesmo supondo que todos possuímos defeitos, ainda assim, não tivemos tempo de conhecê-las.

Pois sim, os defeitos que limitariam tais pessoas aos patamares de meros mortais, humanos simplesmente, uma vez ignorados, os elevam a seres celestes, perfeitos, cuja vida deu-se como um sopro divino apenas para iluminar por um instante a vida dos que ficaram.
E, mostrando-se como um privilégio o convívio consigo só faz aumentar o sentimento que defino como sendo a pior das saudades.

Tenho?!!

Tenho amor em meu peito
e é só amor que tenho

um amor que aumenta exponencialmente o vazio dos meus braços
a saudade dos abraços
causados pela inquietude dos laços...

sábado, 27 de agosto de 2011

Há um quê de tristeza em cada encontro


Há um quê de tristeza em cada encontro,
um lamento premonitório
de sentir-se pequeno tempo e matéria

Se chegas,
sinto cada instante como o último
Se vais,
cada segundo é o primeiro,
pois à distancia não me afeiçoo

Há um quê de tristeza em cada encontro,
pois cada encontro remete também a uma nova espera

Se vais longe,
leva contigo o som do riso e o vibrar dos ares
em cada suspiro une força ao vento e manda por ele os cheiros que encontras pelo caminho
           como prenúncio de tua chegada.
           manda também os sonhos e a música que gritam a tua poesia
                      para que em versos prepare meu espírito

Pois se vais,
cada segundo é o primeiro,
           pois à distancia não me afeiçoo

mas quando chegas,
           vivo cada instante como o último

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

retomando o verso antigo...

Minha alma que clamava liberdade e rumava a barlavento, lamenta o arenoso deserto de sentir-se pleno.

Estão secas estas minhas mãos calejadas dos abraços que guardo para ti e, no singrar destes versos, deponho suspiros eufóricos da vida que corre e se apazigua em mim.

De repente não me sou, sou luz espelhada da tua face divina como mera estrela branca.

Sou vida corrente por teu existir ou simplesmente por tua espera.

Não há temor maior em meu peito que tua ausência, e somente aquilo que chamam de saudade me atormenta.