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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Uma hora, e não estou certo se agora
Foi a hora que rezava por teu alívio 
Duas horas, e mais me torturava a tua dor
Três horas... não sei ao certo do frio que sentia
Se do teu calor que se esvaia
Não sei se mais me atormentava o não ter-te ou o teu sofrer
Por amor orei por tua partida
Por amor me odiei mas admiti (por um instante) a despedida 
Tão doce o teu sorriso... mas esfaleceu
Tão grande o brilho desses olhos que tão cúmplices meus
Lembro-me bem apenas 
Se se evidenciava tua mortalidade
Junto a ti em teu leito escutava atenta teu coração 
(que por mim batia).

Seis longos anos e ainda escuto o palpitar
Mas talvez sejam ecos flagelados
da minha solitária emoção.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cantei com a melodia do zunir do sopro do vento
Dancei no ritmo frenético das folhas ao vento
E quando supus estarem atentas as flores da cerejeira
Sorri o riso do adeus
Entoei a balada do choro contido
Embalei-me na marcha do sentir bandido
Te cantei os meus versos, meus versos e meus restos de felicidade
Te compus o poema do choro e do riso que não me dão paz
Te escrevi o sentido daquilo sentido que não tenho mais.

Caminhei sobre pedras concretas de concreta realidade
De desesperanças morridas então fugidas da minha bondade
Corri entre os caminhos tão retos que tortos ficaram
Me escondi onde o vento do vento 
e o sopro do vento não mais me atacam
E escorri todo encanto do canto dos versos que te fiz
E cessei toda dança com a desesperança que me permiti afligir

domingo, 4 de outubro de 2009

...saudade
deste que partiu
contrariando minhas súplicas
em pleno inverno
antes que viesse a primavera.

sábado, 3 de outubro de 2009

Negro céu...

...que serena a noite
oculta as luzes vulgares
e devolve então o brilho.
O brilho que vi apagar (que roubastes)
dos olhos daquele que tanto amei
E iluminando meu obscuro viver
ceifa a saudade que desde então me atormenta
todas as tardes quando se omite o sol.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Não há como seguir a mesma rotina...
...não há como prosseguir naquilo que se traçou.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Como...

Como calar o vazio
que grita e esperneia
a falta dos aromas e do tato
a falta o ser que substituível?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Como...

Como sufocar a ira
dos olhos que vislumbram a vida
que num minuto se intensifica
noutro se finda?

domingo, 27 de setembro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Felicidade

Que és tu que sempre me afronta
Tão perto, tão longe
Tão constante e tão ausente
Quem és tu que te regozijas à minha volta
Mas que de mim zomba e não conforta
Quem és
Donde vens e onde estás
No ou do passado sempre presente
Ou no presente sempre futuro
Talvez não existas
Apenas insistas em atormentar-me com ilusões
De que um dia se fará
Como o calor do sol ou brilho da lua
Que podem até esconder-se por vezes
Mas mesmo abstrusos e
Inócuos, sabemos que estão lá

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

XXI - cessaram os versos...

Cessaram os versos
Não há nenhuma inspiração
Ela se foi no dia de tua partida
E inundaram-me com dúvidas
(o próprio porquê de mim mesma)
Depois Não partiu (apenas partiu minha alma)
mas revelou que o faria a qualquer hora necessária
Com dor
mas sem rancor
nem temor
A verdade estapeou-me tirando-me do eu contigo
E levou-me para o inferno do eu sem você
Éramos unos
Indestrutíveis
Infinitos
e era bela minha crença
Mas desfaleceu-se meu deus
Meu herói
Mostrara-me a finitude
a subtração sentimental
a divisão da matéria
e a existência do espaço corpóreo
leis físicas, cósmicas que passei a ignorar com tua chegada
Não posso mais respirar sem sentir o odor do fatídico
Como um fétido moribundo aguardando o fim
Vivendo crepúsculo por crepúsculo
Maculada por esperar que depois da noite meu sol não reapareça
Ao menos não para meus olhos

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

XX - chiesi...

Chiesi a Dio
perchè potesse riconquistare o amore
Chiesi perchè veramente amavo
cosi, in questo modo anche potrebbe sognhare
fu questo la richiesta che feci
quando a soffio che usciri de miei labbros
Spense la fiamma da paraffina
che brillò in mia luce
e bruciò nella bambina dei miei occhi
in mio petto
in anima
in mio sogno giovane
Lei mi concesse la richiesta
amai...
amar fino, il bene più
che imaginava fossi capace
Fu puro il nettare.
niente ---------, esista di saliente
Fu omogeneo, uniforme e transparente
tanto
che se misturò al mio sangue
e se unì in mia carne
ocupò ogni spazio de cellula.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

XIX - cegueira...

Perdi,
Deixei de lado definitivamente a razão
E na escuridão das minhas emoções
deixei-me orientar pelas sensações como um cego
Desde então,
senti de forma intensa e inusitada,
o adocicado perfume das flores
mesclando-se com o tenro e funesto cheiro da terra;
e a textura da rocha contrapondo-se à seda
Ouvi bem melhor o som do vento
e encontrei música
no que antes me parecia apenas barulho
Perdi a luz dos olhos meus
mas assim pude ouvir o palpitar do meu coração
E no breu, e na incerteza dos meus sentimentos,
descobri um novo mundo
Perdi o domínio da mente
Mas recuperei minha alma.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

XVIII - tenho receio...

Tenho receio da lembrança
Não que me recorde do tempo antes da primavera
Minha memória é simplória
Onde poderiam haver doces ou cruéis lembranças
Há apenas o nada
Talvez porque o nada é o que melhor exprima o meu não ter porque lembrar
Tenho medo desta solidão que me ronda
E me recuso a encontrá-la
Porque a primavera me trouxe calor
E perfume
E orvalho
Calor proximidade
Perfume pele
Orvalho em suor
Ser, estar, crer, amar, realizar
Mil verbos pudesse conjugar
Mil conjugações faria
E mesmo que ao pó retornasse
Milhões de vezes ao verbo daria forma
Porque na primavera se fez forma o verbo
E todo o resto se esvaiu no infinito do não importar

domingo, 20 de setembro de 2009

XVII - bom mesmo...

Bom mesmo seria poder desvelar teu semblante todos os dias
aspirando-lhe todo o sentimento oculto
entre os traços que o tempo acentuou
inspirando-lhe ternura ao acariciar tua face
e despertar volúpia ao beijar tua boca

sábado, 19 de setembro de 2009

XVI - limite...

Como me parece cruel a vã forma da qual sou prisioneira
pois quisera eu ao menos hoje
ser noite para contemplar teu sono
sereno para tocar tua face
brisa para acariciar teus cabelos
e o próprio ar
para vestir-te de mim

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

XV - nos dias em que a chuva cai...

Nos dias em que a chuva cai
o Rio deseja encontrar o Mar
E o Mar alegra-se
por que só assim poderá degustar das doces águas do Rio
Oh, e como lhe parecem doces as águas deste Rio
Mas aos poucos a chuva cessou
deixando lentamente as águas do Rio
de unir-se ao salgado Mar
E...
... se de um lado ao sentir o Seu doce
mais salgado reconheceu-se o Mar,
por outro,
o rápido encontro deu-lhe ânimo
para exaurir-se em vapor e
como nuvem zelar pelo seu Rio...
e aguarda o Mar o dia em que o sol terá piedade do seu solitário contemplar
e agregando-lhe mais vapores
fazer com que se unam novamente Rio e Mar
Eis que como o esperado, o sol viu o Mar melancólico com a chegada do verão
Já que pouca chuva há nesta estação
confortando-lhe então explicou
- que nas altas nuvens não só estava o vapor das águas suas,
mas também o das águas do Rio que o alimenta.
- e que Mar e Rio estavam juntos,
abrandando o calor com sombra
ou saciando a fome da terra;
Depois deste dia não se ouviu mais lamento
Todo dia ...
... ensolarado, nublado ou chuvoso é belo...
... porque entendeu-se que toda vinda ou ida
é sempre um recomeço

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

XIV - ...

Sou o toque ardente que passa em teu corpo...
...ópio que embriaga os sentidos da razão
e água fresca que mata a sede da tua alma
e como refere o poeta:
"Metade inteira
Dor contente
Puro riso"

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

XIII- eu te prometo...

Eu te prometo
Eu posso te prometer
Eu te prometo o que na verdade o tempo já fez
Não soltas promessas
Mas provas concretas
Te amei enquanto nascia o sol, e continuei mesmo quando ele se pôs
Meu amor sempre foi transcendental
te amei em vida
e durante a passagem
E das tantas vezes que estive junto a ti (matéria ou não)
Não houve espécie alguma de laço que não te dispusesse amor ou zelo
Foram tantas formas e expressões
e sempre foi amor que te dispus
Ouvi teu riso, teu choro, teu chamado
e aqui estou
Pra ti, por ti
Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza
Assim como promete a jovem nubente
Prometo e disponho-me a ti
Mas minha promessa não se transfigura num simples e mortal voto
Porque sabemos nós que nem a morte em todas as suas formas e verdades
Foi ou será capaz de separar o meu espírito do teu
Por esta mesma razão
Não há tristeza profunda que possa se abrigar definitivamente em meu seio
ou saudade
que possa atormentar minha alma por longo tempo
Veja que o sol já se escondeu para dar graça às estrelas no infinito negro do céu
Do mesmo modo como tu dás brilho aos olhos meus
O véu da noite acalanta e guarda os amantes
Ela é nossa confidente
Até o vento cessou para que sua melodia ao embalar as folhas
não rompa o misericordioso silêncio deste momento
que dá fulgor e tom ao coração que bate alegre em meu peito
Em verdade
não tenho recordação alguma das idas e vindas de nós
Mas teus olhos me recordam toda a ternura e amor
que só um ser imortal pode acumular em milhares de vidas
e despertam o único e evidente desejo que uma vã forma mortal o poderia
Que não digas adeus tão cedo
ou que ao menos aguardes a primavera
para que desta vez possa eu partir contigo
meu eterno amor.