terça-feira, 4 de agosto de 2015

Uma hora, e não estou certo se agora
Foi a hora que rezava por teu alívio 
Duas horas, e mais me torturava a tua dor
Três horas... não sei ao certo do frio que sentia
Se do teu calor que se esvaia
Não sei se mais me atormentava o não ter-te ou o teu sofrer
Por amor orei por tua partida
Por amor me odiei mas admiti (por um instante) a despedida 
Tão doce o teu sorriso... mas esfaleceu
Tão grande o brilho desses olhos que tão cúmplices meus
Lembro-me bem apenas 
Se se evidenciava tua mortalidade
Junto a ti em teu leito escutava atenta teu coração 
(que por mim batia).

Seis longos anos e ainda escuto o palpitar
Mas talvez sejam ecos flagelados
da minha solitária emoção.