Há pouco perguntaram-me por que não havia mais escrito, no que replico:
Não há tempo para juntar as palavras e formar versos
É difícil encontrá-las
pois estão inculcadas nos pedaços de mim.
que ainda não consegui recolher ao longo das horas e dias que tenho como eternas agonias.
Mais ainda,
suas letras são tão opacas quanto as velhas escrituras.
Perderam o tônus vívido como a tua face desfalecendo.
Morreram contigo a rima e o furor do poeta que habitava em mim.
E por isso, nada escrevo de concreto
senão sobre a solidão amarga e vazia que ronda meu sono e me acompanha durante o dia.
Meu dia que se prolonga constante e psicodélico para simplesmente atravessar os segundos que são tão surreais sem tua presença.
Meu sono é que acorrenta minha realidade e minha fuga de um mundo tão cinza,
mas é de fato só fuga,
(tu nunca habitou meus sonhos, senão, aqueles que minha fé cultiva enquanto fisiologicamente acordada, e eis talvez meu maior desconforto)
Quero crer que o sopro vital de tua essência ainda circunda meu ser
e está infundido nos aromas com que me aprazo
e, assim crendo,
os sonhos mantidos pela minha fé em que a vida perdura
dão-me vislumbre de um reencontro, e a conformidade na temperança.
E se críamos nós dois, que vivemos de modo paralelo guiados por um constante plano superior,
mesmo que conformada,
não julgues se minha aceitação se vincula a magoar-te por analogia
Crer também na tua ira me conduz a quietar minha amargura e a averbar tua vida eterna.
Se contesto teu destino presente é porque rompeste tratos passados
juraste muito além do sentimento não abandonar-me neste plano expiatório
o plano consciente era que ficássemos juntos
Não peças tu, nem os teus, que entenda tal inadimplência
Meu coração não suporta mais tuas partidas
Mas anseia desesperadamente que ainda voltes.
terça-feira, 1 de junho de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
domingo, 4 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Negro céu...
...que serena a noite
oculta as luzes vulgares
e devolve então o brilho.
O brilho que vi apagar (que roubastes)
dos olhos daquele que tanto amei
E iluminando meu obscuro viver
ceifa a saudade que desde então me atormenta
todas as tardes quando se omite o sol.
oculta as luzes vulgares
e devolve então o brilho.
O brilho que vi apagar (que roubastes)
dos olhos daquele que tanto amei
E iluminando meu obscuro viver
ceifa a saudade que desde então me atormenta
todas as tardes quando se omite o sol.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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