segunda-feira, 7 de setembro de 2009

IV - eis o maior de todos os paradoxos...

Vivo como enfermo
que despido dos movimentos aguarda o algodão
embebido de água que gentilmente lhe roça os lábios
Água, que não mata a sede
nem alivia o desejo
mas permite Sobreviver,
Sim,
pois viver sem ao menos o mínimo de ti é condenar-se a morrer e,
assim como a água está em todo o meu corpo,
tudo em mim é feito de ti.
Não há um só pensamento que não te dedique
e lágrima ou sorrir
que não transborde meu amor
com teu vir,
minha primavera se faz
já que enches a tudo de cores e vida
mas gelam os dias
e aumentam as solitárias noites,
no inverno que surge da tua ausência.
Eis o maior de todos os paradoxos
Encontrei em ti a plena e infinda felicidade
e,
na distância entre nossos olhos
a dor maior.